Google Analytics 4 X Universal Analytics: Conheça as Principais Diferenças
O Universal Analytics (UA) está se aproximando do seu último ano de existência antes de ser descontinuado em julho de 2023, abrindo caminho para o Google Analytics 4 (GA4). Apesar de o GA4 ser a opção padrão para novas propriedades do Google Analytics desde 14 de outubro de 2020, os profissionais de marketing e desenvolvedores web não têm se apressado em migrar do UA para o GA4 como sua opção de relatórios padrão.
Uma razão provável para isso é que o Google Analytics 4 funciona de maneira muito diferente de seu antecessor e, embora traga muitos recursos novos e valiosos, também tem enfrentado críticas por supostos problemas e por não incluir alguns recursos queridos do UA. Neste artigo, vamos analisar 7 diferenças-chave entre as duas plataformas e explicar por que pode ser hora de se animar com as novas possibilidades do GA4.
Quando o Universal Analytics será descontinuado?
Em 16 de março de 2022, o Google anunciou que o Universal Analytics deixará de processar dados em 1º de julho de 2023 para propriedades UA padrão e em 1º de outubro de 2023 para propriedades UA 360. A janela de tempo relativamente curta entre o anúncio e a data de descontinuação pegou muitos profissionais de marketing de surpresa e causou certo pânico na indústria. Embora o Google Analytics 4 já estivesse fora do estágio beta desde outubro de 2020, sua adoção ainda era relativamente baixa. Isso provavelmente influenciou a decisão do Google de acelerar as coisas, estabelecendo uma data de descontinuação para o Universal Analytics mais cedo do que o esperado.
Mais de um ano pode parecer tempo suficiente para adicionar um novo script de rastreamento em um site, mas é importante lembrar o quão importante o Google Analytics é para a maioria das empresas quando se trata de medir o desempenho. Antes de começar a implementar o Google Analytics 4, é crucial entender como ele difere do Universal. Confira nossa lista de diferenças importantes abaixo.
7 principais diferenças entre o GA4 e o Universal Analytics
1. Rastreamento integrado: web e apps
Uma das funções mais aguardadas do GA4 é a capacidade de rastrear dados de sites e aplicativos na mesma propriedade. O GA4 utiliza o mesmo modelo de medição do Google Analytics Firebase (usado para aplicativos móveis), no qual todas as interações são capturadas como eventos (mais sobre isso no ponto 2 abaixo). Esse novo esquema de dados unificado entre um site e um aplicativo móvel significa que será muito mais fácil combinar dados entre eles.
2. Eventos
UNIVERSAL ANALYTICS | GOOGLE ANALYTICS 4 |
Visualizações de página | Evento |
Evento | Evento |
Social | Evento |
Transações/E-commerce | Evento |
Tempo de uso | Evento |
Exceções | Evento |
Visualização no app/tela | Evento |
Outra diferença significativa entre o UA e o GA4 é a forma como as interações são capturadas. No UA, as interações eram capturadas em vários tipos de hits, como visualizações de página, transações e interações sociais. No GA4, por outro lado, cada interação é capturada como um evento.
Eventos também existiam no UA, mas no GA4 eles funcionam de forma bem diferente. A plataforma trabalha com parâmetros, que são informações adicionais sobre o evento que um usuário executou. Alguns parâmetros são enviados automaticamente, como page_title, e outros podem ser adicionados. Você pode registrar até 25 parâmetros em cada evento.
Como os modelos de dados são fundamentalmente diferentes, a Google recomenda que você não copie simplesmente a lógica de eventos existente do UA para o GA4, mas sim implemente uma nova lógica que faça sentido nesse novo contexto.
3. Cálculos de sessões no GA4 versus Universal Analytics
Outra diferença entre o UA e o GA4 que pode se tornar perceptível quando você começa a comparar os números entre os dois sistemas são os valores diferentes para as sessões.
No UA, uma sessão representa o período de tempo em que um usuário está ativamente engajado com seu site. Após chegar ao seu site, as seguintes situações encerram uma sessão no UA:
- 30 minutos de inatividade (ou suas configurações de tempo limite de sessão)
- A passagem da meia-noite (resultando em uma nova sessão)
- Encontro de novos parâmetros de campanha (por exemplo, se você usa parâmetros UTM para links internos em seu site – portanto, isso não é recomendado pelo Google).
No GA4, por outro lado, o evento session_start gera um ID de sessão com o qual todos os eventos subsequentes durante a sessão são associados. Semelhante ao UA, uma sessão é encerrada após 30 minutos de inatividade (ou suas configurações de tempo limite de sessão), mas as sessões agora podem se estender além da meia-noite e não são afetadas pelo encontro de novos parâmetros de campanha. Se o seu site tem um público global, isso pode causar discrepâncias nos números de sessões que você vê para UA e GA4, respectivamente.
4. Exportações para o BigQuery são gratuitas com o Google Analytics 4
Com o GA4, as exportações para o BigQuery estão disponíveis para todas as propriedades (para o UA, isso era limitado às propriedades do Analytics 360). Isso significa que você pode enviar eventos brutos para o BigQuery, que podem ser consultados usando SQL. A função em si não custa nada, desde que o uso esteja dentro dos limites do ambiente de testes do BigQuery. Vale ressaltar que o ambiente de testes não oferece suporte à transmissão de dados.
5. Taxa de rejeição e taxa de engajamento
Alguns dos indicadores notáveis ausentes no GA4 são as métricas relacionadas às rejeições. Em vez disso, o Google optou por adotar uma abordagem mais “positiva” e relatar as métricas da taxa de engajamento. Resumidamente, a taxa de engajamento é uma métrica de proporção apresentada como uma porcentagem, e a fórmula é sessões engajadas/sessões.
Você pode estar se perguntando o que são sessões engajadas. São sessões que duraram pelo menos 10 segundos, tiveram pelo menos 1 evento de conversão ou tiveram pelo menos 2 visualizações de página/tela.
Então, a taxa de rejeição não existe no GA4?
Ela existe, mas é calculada de forma um pouco diferente no GA4. No Google Analytics 4, a taxa de rejeição é a porcentagem de sessões que não foram sessões engajadas. Em outras palavras, a taxa de rejeição é o inverso da taxa de engajamento, que é o número de sessões engajadas dividido pelo número total de sessões em um período de tempo especificado. No UA, a taxa de rejeição era calculada como a porcentagem de usuários do site que não visualizaram mais de uma página em seu site.
6. O Google Tag Manager é mais importante do que nunca
Se você estava usando a funcionalidade mais básica do GA Universal, poderia usá-lo sem o Google Tag Manager. Por exemplo, você poderia criar conversões de página de destino no próprio Google Analytics. No GA4, o GTM é fundamental.
7. Estrutura da conta
No Google Analytics Universal, a estrutura da conta contém 3 elementos:
- Conta – Propriedade – Visualização
No GA4, existem apenas dois elementos: conta e propriedade. Isso significa que uma propriedade do Google Analytics 4 não contém visualizações.
Além disso, a Google introduziu um conceito totalmente novo no GA4: fluxos de dados. Os fluxos de dados são fontes de dados e podem incluir seu site, aplicativo para iOS e aplicativo para Android. Ele permite a coleta das ações do usuário dentro do seu site ou aplicativo, e envio para os servidores do Google Analytics em formato de eventos e parâmetros (GA4), que depois são processados e transformados nos relatórios e consultas que você poderá acessar.
Enquanto o Universal coleta dados no nível da propriedade com um ID de rastreamento, o GA4 coleta dados no nível do fluxo por meio de um ID de fluxo de dados exclusivo. Cada propriedade do GA4 pode ter até 50 fluxos de dados e um limite de 30 fluxos de dados de aplicativos.
Conclusão
Agora que o Google Analytics está migrando de um modelo de dados baseado em sessões para um modelo baseado em eventos, muitas coisas estão mudando. E como o GA4 ainda está sendo implantado em muitos domínios, as mudanças continuarão a acontecer.
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Tag: E-commerce, Google Analytics